quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Estava em casa,



 ouvindo o barulho dos pingos da chuva que graciosamente caía. Uma chuva bastante agradável, que deixava o ar particularmente mais gostoso. Nesses dias de chuva,que costumo ficar em casa, são os dias em que mais escrevo. Escrevo folhas e mais folhas, que logo em seguida são queimadas. Motivo!? Nenhum em especial. É normal, e todos em minha casa já se acostumaram. Em dias como o de ontem, me vêem transitar pela casa com caderno cor azul e um lápis em mãos; procurando o lugar ideal para passar horas a fio observando a chuva cair. Eles já não questionam e nem me olham intrigados, apesar de não ser normal essa minha mania.
Ontem foi diferente! Parecia que meus sentimentos não me obedeciam mais. Minhas vontades estavam expostas, meus desejos a mostra, minhas vergonhas, minhas ilusões, meus anseios, todo o meu intimo estava escancarado. Era notório que naquele dia eu não estava nem ai para a ética e nem para o padrão comum. Eu iria fazer o que eu quisesse fazer. Sem mas, nem porém.No entanto, não quis fazer nada.
Era palpável a energia ao meu redor. Eu estava transpirando emoções. E Enquanto eu me via cada vez mais transparente a chuva aumentava razoavelmente. E à medida que a chuva ia aumentando eu me via cada vez mais perplexa. Pensando que, por mais complexa que eu aparente ser, eu sou simplesmente isso; uma garota boba, com grande variação de humor, que passa horas observando a água cair do céu.

Jéssica Camila

Nenhum comentário:

Postar um comentário