quarta-feira, 14 de março de 2012

Póstumo !


Hoje fui tomada por uma tristeza profunda e um desespero palpável . Sentia como se meu mundo fosse cair , minha vida  se esvair entre meus dedos. Foi como se tudo o que eu vivi até agora fosse mentira, ou não tivesse nenhuma valia. Por toda aminha vida eu procurei ser o centro, ter olhos e ouvidos voltados a mim. E hoje ,foi como se descobrisse que ninguém de fato já me ouvira. Sentia o peso do mundo sobre meu peito. Meu coração parecia se dilacerar. Minha cabeça se enchia de imagens que eu acusava ser todas frutos de mentiras ! Eu vivi 16 anos da minha  a vida de outra pessoa. Andei todo esse tempo fantasiada , por medo de mostrar quem realmente sou. As  mascaras martirizam , contudo arrancá-las doem mais ainda. Não sei como simplesmente recomeçar. Através dessa mascara descobri lindas pessoas, terrivelmente belas, que  gostaram dessa pseudo- Jéssica. Estou com medo, medo de tirar enfim esses sorrisos, essas manias, preconceitos, ábitos que mesmo “implantados” já fazem parte de mim. Definitivamente meus amigos não me amam, meu inimigos não me detestam. Ninguém me dispensa amor nem ódio.  Me escondendo sob uma armadura, guardando somente pra mim, meu verdadeiro eu ,  me vedei aos sentimentos reais. Não sei de fato o que receber amor, pois quem diz me amar, não me conhece verdadeiramente. Todo esse maldito medo , me fez solitária. Por mais cercada de pessoas que eu esteja , é assim que me sinto. Por isso odeio multidões . Elas só me mostram o quão pérfida fui até agora; e o quanto já morri sem viver.  

sexta-feira, 9 de março de 2012

Continua a chuva.

 Mas eu não estou interessada em assuntos meteorológicos . Preciso ter uma conversa muito sincera comigo mesma. Botar as cartas na mesa. Olhar de frente umas certas situações que me inquietam. São problemas que se apresentam na forma de pessoas. São vontades reprimidas de me sentir feliz .
As vezes tenho ímpetos de abrir minha torneira confessional e expor todos os meus desejos , meus medos, minhas perplexidades e exigir soluções .
Eu queria dizer tudo a alguém sem medo que o mesmo use minhas palavras para me ferir.
Vejo muita gente indo e vindo. E eu me sinto presa, olhando fixamente um ponto negro , que não sei ao certo se é real. Me sinto estática , acorrentada a covardia .
Quanto comodismo e abulia . Fico horas, dias dentro de quatro paredes , cumprindo a sentença imaginaria que me dei por ser assim tão fraca.
Vejo o tempo passando... o bulício das cidades é tão cinza!