sábado, 29 de setembro de 2012

Essa sua voz grave na minha nuca, que me faz arrepiar cada centímetro do meu corpo. Seu jeito de peão mal domado mesclado com um romantismo rustico, que me faz ficar boquiaberta ao te ouvir falar. Esse seu cheiro de homem que fica impreguinado na minha roupa. Sua mão firme que segura a  minha silhueta. Seu sorriso manso, ligeiramente largo, que faz dos seus olhos apenas riscos. Seu jeito bobo, de homem já vivido. O seu jeito bruto de ser doce. Você e essas suas costas largas, e esse seu corpo moreno, queimado de sol. Você imensamente grande, intensamente delicado, me fazendo sentir como uma boba.
 Sou brinquedo em suas mãos e você sabe muito bem disso. Por isso vem com essa auto-confiança, todo esse poder nos olhos, todo dominador, estranhamente exitante. Ah quer saber, eu te quero e muito, principalmente porque não deveria querer. Mas sabe nem reparei tanto em você . 

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Morte, a sereníssima.


A morte me convida para coversar. Estamos sentadas numa mesa de bar, como duas amigas que depois de uma briga, são amargas demais para reconhecer que comungam do mesmo pesar. Somos incisas, frases muito longas nunca foram nossa praia. Praia? Ambas odiamos areia, mar , céu azul, tudo isso nos dá azia. Ao contrario do que muitos pensam a morte não anda de preto e não possui uma foice, ela é linda, serena e vive a admirar as cores. E é verdade, a morte é muito triste, é de uma melancolia irrefutável. Mas eu a entendo, todos a odeiam. E curiosamente é isto que a mantém viva. 

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Engraçado como confiei meu corpo ao mar, crente que este o devolveria ao cais, intacto. Um pouco mais desgastado, porém sem maiores alteraçõs. Infantilidade a minha!! Me lancei a uma paixão proibida, confiante de que seria apenas uma noite e depois eu estaria de novo  imersa na superfície da impassividade. Porém a noite foi melhor do que eu havia esperado.  O contato foi maior do que eu havia planejado. Uma volupia que começava a queimar o âmago , um delirio que tintilava nos olhos. Deixou então de ser apenas  uma brincadeira, e tudo já se torna motivo de atração. O sorriso , a voz deliciosamente rouca, a segurança transmitida  em um simples toque. Enfim, o perigo é uma delicia!!